segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A IGREJA, UM CASTIÇAL.

                            05 de Janeiro de 2014

Introdução
“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que esta nos céus" (Mt 5.16).
O castiçal, como símbolo da Igreja, salienta o dever de todos os seus membros brilharem em conjunto.
TEXTO 
 Ap 1.12,13,20; Zc 4.1-4

Ap 1.12 - E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando- me, vi sete castiçais de ouro;
13 - E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de um vestido comprido, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.
20-O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.
Zc 4.1 - E tornou o anjo que falava comigo, e me despertou, como a um homem que é despertado do seu sono.
2 - E me disse: Que vês? E eu disse: Olho, e eis um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no cimo, (alto, cima, cume, cumeeira) com as suas sete lâmpadas; e cada lâmpada posta no cimo tinha sete canudos.
3 - E, por cima, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda.
4 - E falei, e disse ao anjo que falava comigo, dizendo: Senhor meu, que é isto?

I. O CASTIÇAL NO TABERNÁCULO
O tabernáculo, lugar reservado para os israelitas cultuarem a Deus e onde Ele se manifestava (Ex 25.8,9,22), era uma alegoria das coisas presentes (Hb 8.5,6; 9.9). Por sua vez, o castiçal que havia no tabernáculo se constituía num símbolo da Igreja (Ap 1.20).


1. O castiçal. O castiçal era uma coluna com pedestal e uma lâmpada em cima. Dele saiam canas de ambos os lados, com uma lâmpada cada, decoradas por copos, maças e flores. O ouro foi o material usado na construção de toda a peça (Ex 25.31-36).


2. O castiçal e sua finalidade.
O castiçal tinha por única finalidade alumiar o tabernáculo. Como no tabernáculo não havia janelas, sem o castiçal seria impossível ministrar no Lugar Santo. Suas sete lâmpadas acesas produziam uma luz eficiente e agradável (Ex 25.37).

3. O azeite do castiçal. Para que pudesse alumiar, o castiçal precisava de azeite. Deus ordenou que se produzisse azeite para fazer as lâmpadas arderem continuamente (Ex 27.20,21).

A IGREJA - CASTIÇAL DE DEUS NESTE MUNDO

1. A coluna do castiçal. A coluna, com pedestal e lâmpada, simboliza Jesus, que disse “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8:12)  As canas que saiam de ambos os lado, sem pedestal próprio, representam os crentes ligados a Jesus, semelhantes as varas na videira (Jo 15.1-5), tendo-o como seu fundamento (1 Co 3.11).

2. Cada braço tinha uma lâmpada. Isto evidencia que, através de nossa união com Jesus, tornamo- nos também, “a luz do mundo” (Mt 5.14) A Igreja brilha neste mundo 'através de seus membros, nos quais Cristo vive e se manifesta (Gl 2.20). Para isto, porém, torna-se indispensável que cada crente mantenha seu contato com Jesus “em dia”, porque assim a influencia da Igreja será como lâmpada resplandecente a dissipar as trevas que há neste mundo corrupto e perverso (Fp 2.15). Certamente, se faltar esta comunhão, ela ficará com sua luz apagada? (Pv 24.20) e o crente se tornará “Como fonte turva e manancial corrupto...” (Pv 25.26).

III. O CASTIÇAL ERA DE OURO PURO
1. O ouro. Conforme a simbologia bíblica, o ouro representa Deus e as coisas celestiais. Eliú disse: “O esplendor de ouro vem do norte; pois em Deus há uma tremenda majestade” (Jó 37.22), Tudo, no céu, e de ouro e de cristal (Ap 21.18,21). O ouro e, também, o símbolo da Palavra de Deus (SI 19.10; 119.72,127), e da fé (1Pe 1.7).
2. O ouro na prática da vida cristã. O uso do ouro na construção do castiçal salienta que somente aquilo que o próprio Deus opera em nossa vida espiritual, através de nossa fé nEle e na Sua Palavra, tem valor e peso diante de Sua presença.
Deus reconhece como autentico tudo o que a natureza divina, da qual somos participantes pela salvação (2 Pe 1.4), opera em nós. Os que estão na carne não podem agrada-lo (Rm 8.8), pois são crentes sem brilho. “Crentes de ouro” brilham com intensidade, não perdem seu valor e nem enferrujam! “Que Deus nos ajude a possuir estas características.”
IV. A FINALIDADE DO CASTIÇAL
1. Alumiar. O castiçal não estava no tabernáculo simplesmente como adorno, mas com a finalidade exclusiva de alumiar. Isto nos fala do que Deus espera da Sua Igreja, o castiçal do Novo Testamento. “Seu “desejo é que ela brilhe, e demonstrando este proposito disse” Vos sois a luz do mundo” (Mt 5.14), ainda: “Brilhe a vossa luz” (Mt 5.16; Fp 2.15).
2. Despertar no crente a consciência do dever de brilhar. De que maneira podemos brilhar para Jesus? Deixando que a nova natureza (2 Pe 1.4) nos domine de tal modo, que outros possam ver através da nossa vida as de Cristo (2 Co 4.10,11; Mt 5.16)Estevão brilhou intensamente quando, na hora de sua morte, orou pelos seus algozes (At 7.55-60). O crente resplandece também por intermédio de seu testemunho de vida, como cumpridor que e da Palavra de Deus (SI 119.105; Pv 6.23), igualando-se a luz que alumia em “lugar escuro” (2 Pe1.19). Um testemunho fervoroso serve como “sinal aberto”, a fim de que o pecador entre no caminho que conduz ao céu.

V. CADA BRAÇO DO CASTIÇAL TINHA UMA LÂMPADA.
Havia seis braços no castiçal, três de cada lado, todos acompanhados de suas respectivas lâmpadas (Ex 25.32). Este detalhe importante destaca três grandes verdades sobre a Igreja.
1. As sete lâmpadas do castiçal
(Nm 8.2,3). Assim como as sete lâmpadas estavam ligadas ao castiçal, também cada crente deve pertencer à Igreja (l Pe 2.4,5) A Bíblia diz que a luz não deve ser colocada debaixo da mesa, mas no velador (castiçal) donde possa iluminar toda a sala (Mt 5:15) crente que imagina poder viver desligado da Igreja, descongregado, trabalha em erro e pode sofrer terríveis prejuízos espirituais.
2. A missão de cada crente como luz. Cada crente tem uma missão a cumprir na Igreja. Assim como todos os braços, independentemente de serem mais curtos ou mais compridos, tinham uma lâmpada, Deus também considera cada crente, na Igreja, uma luz, sem olhar para a sua posição social, idade, cultura, cor ou raça. Todos são sacerdotes (1 Pe 2.5; Ap 1.6) e tem uma missão para cumprir (Mc 13.34). Deus deu talentos a “cada um segundo sua capacidade” (Mt 25.15). Ninguém, portanto, retroceda porque “se recuar, a minha alma não tem prazer nele” (Hb 10.38),

 assim diz o Senhor.
VI. AS SETE LÂMPADAS PRECISAVAM DE AZEITE PARA ALUMIAR
Deus providenciou azeite (Ex 27.20,21) e somente este era legitimo. Azeite estranho produziria “fogo estranho” (Lv 10.1).
1.O azeite simboliza o Espírito Santo. O Espirito Santo é que faz a lâmpada do crente arder. O profeta Zacarias foi despertado e viu, numa revelação, o povo de Deus como um castiçal (Zc 4.1-3). Deus então lhe disse: “Não por forca nem por violência, mas pelo meu Espirito” (Zc4.6), e mostrou a maneira como providenciar azeite para o castiçal (Zc 4.11-14).
1. Deus providenciou azeite para a Sua Igreja. A provisão divina de azeite para a Igreja efetiva-se pela operação do Espirito Santo. A bíblia diz: Enchei-vos do Espirito! (Ef 5:|18).
No tempo dos apóstolos, quando, o Espirito Santo operava em toda a sua plenitude, a luz brilhava com tanta intensidade, como em nenhuma outra época. Em poucas décadas o Evangelho se espalhou, alcançando todo o mundo.
Busquemos, pois, o azeite da unção do Espirito de Deus, que é oferecido a todos (At 2.39).

Estaremos semanalmente colocando um novo estudo sobre o Apocalipse.
Fonte: CPAD.


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